

Por que todos queremos nos sentir bonitos? O que é ser bonito? Existe um padrão universal? Costuma-se dizer que a beleza está nos olhos de quem vê. Mas sabe que há um fundamento de verdade nisso? Cada época, ou até cada sociedade tem suas preferenciais que na verdade são pautadas por hábitos e costumes.
O “belo” varia de acordo com os hábitos culturais de uma sociedade. Enquanto a beleza (atual) no ocidente está em ser alto, magro e loiro , no Oriente Médio a gordura é vista com bons olhos. Na era pré-histórica os seios grandes e os quadris largos indicavam capacidade de gerar bons filhos.
No renascimento, após a peste negra dizimar boa parte da Europa, ser obesa era sinal de boa saúde.
RESUMINDO, Em todas as épocas, em todas as culturas, há a preocupação em estar bem, ser bonito. É algo que inconscientemente une todos nós.
Pesquisando sobre isso descobri que a preocupação com a beleza começou na pré-história, quando o homem passou a se reunir em grupos surgindo a diferenciação hierárquica. Os chefes enfeitavam-se com as garras e dentes dos animais ferozes que caçavam.
Mais tarde, no Egito, Homens e mulheres pintavam o rosto por acreditarem na relação entre espiritualidade e aparência. A maquiagem se tornou um ritual de beleza. Os olhos tinham o maior destaque. Utilizava-se também henna, carvão, açafrão, curry e outros pós coloridos.
Já na Grécia a preocupação maior era com a saúde e a beleza do corpo. As mulheres usavam maquiagem leve e os penteados eram elaborados com fitas e cachos. Exercício físico, massagens e banhos aromáticos também tinham a sua vez.
Em Roma, tivemos um pouco do Egito e da Grécia. Os romanos adquiriram dos gregos o costume dos banhos e dos exercícios. Os óleos perfumados de massagem, os banhos também faziam parte do ritual de beleza. A maquiagem era mais exagerada entre as cortesãs.
Na idade média , com a ascenção do cristianismo (e a queda do império romano) vimos uma tentativa da igreja em “condenar” a beleza. A vaidade passou a ser considerada como um “hábito pagão” e os antigos costumes romanos de banhos, massagens maquiagens, penteados, foram condenados. No começo do século XVIII, as mulheres casadas usavam uma touca para esconder os cabelos e somente o marido delas poderia ver seus cabelos soltos. As mulheres passaram então a se cobrir mais e os cabelos na maioria das vezes escondidos sob toucas. Mesmo assim se tinha uns “truquesinhos”- os cabelos eram clareados com a cinza do borralho e com o sol… As sobrancelhas eram depiladas … As faces eram beliscadas …e os lábios mordidos para que ficassem rosados.
No renascimento o luxo do vestuário entrou na moda e, quanto mais nobre, mais enfeitado se apresentava. A Grécia voltou a ser fonte de inspiração como um ideal do belo a ser seguido.
Nos últimos séculos vimos muitas loucuras. Rostos e cabelos totalmente brancos; perucas que chegavam a altura de 50 cm; decotes que chegavam até os mamilos e o colo marcado com vinho tinto para que ficasse mais rosado.
Se formos pensar no Séc. XX ficaria escrevendo aqui por horas e vocês não conseguiriam imaginar “tanta revolução” na beleza como vimos no último século. Basicamente uma revolução por década.
As guerras ao redor do mundo mudaram drasticamente a preocupação com a beleza, assim como o empoderamento da mulher de uma maneira geral, Hollywood e seus efeitos, …e apenas para citar no meu ponto de vista a última “grande revolução” as mídias sociais.
Não basta apenas estarmos bem, temos que aparecer bem, de dia, de noite,. na chuva. Em tempos de facebook, Instagram, Snapchat,… A beleza impera!